terça-feira, 25 de dezembro de 2012

28 - Tolerância

Sobre a liberdade de expressão
Música de um compositor australiano, com uma visão diferente sobre o Natal, foi incluída num CD beneficente. Muita gente protestou, considerando a letra desrespeitosa com os crentes.
Talvez o que houve foi um desrespeito dos crentes com alguém que não tem o mesmo pensamento que eles.
O respeito à liberdade de expressar opinião é fundamental. Ninguém é obrigado a concordar, mas deve haver liberdade para todos expressarem as suas convicções e sentimentos. Ainda mais quando a expressão se faz através de uma bela canção.
Tim Minchin é um prestigiado músico e ator.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=6E4ooioOo9g#!

domingo, 23 de dezembro de 2012

27 - E, quem sabe, a vida é da vida a razão


A vida é bela e cheia de desafios, mas é preciso saber viver



A verdade é simples.
Quem procura enganar,  usa palavras complexas e impressionantes. Quem fala a verdade não precisa disso.

A letra dessa música, na sua simplicidade, contém muito mais verdade do que toda a imensa bibliografia dos filósofos metafísicos.


Vida

Ricardo Engels Garay 
e Carlos Ludwig,

Vida é chuva, é sol
Uma fila, um olá
Um retrato, um farol
Que será que será
Vida é um filho que cresce
Uma estrada, um caminho
É um pouco de tudo
É um beijo, um carinho

É um sino tocando, uma fêmea no cio
É alguém se chegando
É o que ninguém viu
É discurso, é promessa
É um mar, é um rio
Vida é a revolução, é deixar como está
É uma velha canção, Deus nos deu, Deus dará
Vida é a solidão, é a turma do bar
É partir sem razão, é voltar por voltar
Vida é palco é platéia, é cadeira vazia
É rotina, odisséia, é sair de uma fria
É um sonho tão bom, é a briga no altar
Vida!!! É um grito de gol
É um banho de mar
É inverno e verão
Vida!!! É mentira, é verdade
E quem sabe a vida é da vida razão.

O letrista dessa canção, sugere que é vã a imensa discussão já realizada pela humanidade na busca da razão da vida (da existência humana). 
E, quem sabe, a razão da vida é simplesmente a vida.
Ou seja, não inventem mentiras para justificar e explicar a vida. A vida é isso que está aí, que todos vemos e sentimos.  A ciência tem muito a nos dizer sobre a origem da vida (e nos diz o que sabe, com simplicidade). Mas os cientistas reconhecem que o que sabem é muito menos do que o que não sabem. E não ficam tristes por isso. Para eles, isto significa apenas que existe muito trabalho pela frente. O cientista reconhece a sua ignorância sem traumas. São gente boa. Temos que ter um pouco mais de  cuidado com as pessoas que dizem saber tudo. Gente que, por exemplo, conta em detalhes como o mundo começou e quando vai terminar.  Mas não nos explicam direito como foi que obtiveram tais informações.
O cientista, quando transmite aos seus colegas o resultado de muitos anos de laboriosa pesquisa, os chama de teoria e pede aos demais cientistas que confiram seus cálculos, analisem suas conclusões e critiquem os seus métodos. É assim que procede uma pessoa séria. 





26 - Más ideologias conduzem países à miséria e à guerra



Esse quadro, que circula na internet, nos proporciona uma boa reflexão.No passado da humanidade, as guerras (entre países) e revoluções (internas) foram uma constante. Mas, nas últimas décadas, a maior parte dos países civilizados viveu longe desse flagelo. O pior tormento humano ao longo de milênios.Na época, diante de qualquer infortúnio, se costumava dizer, como consolo: "Não é nada. Pior é a guerra."As guerras e conflitos internos aconteceram por influência de líderes desvairados que conseguiam empolgar o povo, cheio de ressentimento e ódio. Para isso, esses líderes criavam uma nova crença política ou religiosa: uma ideologia. No caso, uma má ideologia, pois existem boas e más ideologias.
O que distingue as boas das más são os resultados que elas trazem. 
Todo governo precisa ter uma ideologia, para agregar o povo. Mas é necessário que eles adotem uma boa ideologia, capaz de conduzir ao progresso e à paz.
No fundo, o que leva os povos à guerra é a ignorância da massa e a ambição desmedida dos líderes. Mas uma má ideologia (seja religiosa, seja política) serve para justificar a prática dos crimes. Mata-se pelo povo, pela nação, por deus. 
O desejo de ajudar as pessoas humildes, o amor pela sua terra e a fé religiosa não são, necessariamente, sentimentos ruins. Mas a história humana mostra que eles foram usados para levar o povo a ações calamitosas.
Na grande maioria dos casos, devemos considerar que os fins não justificam os meios. Matar, corromper, mentir, não são as melhores maneiras de se alcançar os objetivos.
Mas elas já foram (e ainda são) muito utilizadas.

sábado, 22 de dezembro de 2012

25 - Dilma mentiu para ganhar a eleição

Na campanha eleitoral, Dilma manifestou-se contra as privatizações.
Depois, na presidência, privatizou
A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, ganhou muitos votos na sua eleição, em 2010, ao manifestar-se contra as privatizações (uma "maldade" muito cometida pelos seus adversários do PSDB). Um ano depois, ela anunciava a privatização de aeroportos, por ser a única maneira de evitar o caos no transporte aéreo devido à ineficiência da administração pública dos aeroportos. Fez bem a presidente ao privatizar, pois o governo é, em si, mais ineficiente do que a iniciativa privada.  O povo não decide o seu voto por critérios de competência, como ocorre nas empresas privadas. A eficiência no governo, portanto, é fato raro. Além disso, por mais competente que fosse o presidente eleito, ele não poderia administrar o país inteiro (inclusive seus aeroportos, portos, estradas, bancos, empresas petrolíferas, ciderúrgicas). É muito mais eficaz deixar a produção (de bens e serviços) a cargo da iniciativa privada e deixar para o governo apenas a fiscalização do funcionamento geral.
Fez bem, portanto, a presidente ao privatizar, mas a desmerece o fato de haver mentido para  ganhar a eleição. Enfim, ninguém é perfeito.
Num discurso proferido perante os deputados, em 11 de novembro de 1947, Winston Churchil proferiu a frase que se tornou famosa:
Democracy is the worst form of government, except from all those other forms that have been tried from time to time." 
Ou seja: A democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras que têm sido tentadas de tempo em tempo.
Um defeito óbvio da democracia é o fato de que a massa da população não tem conhecimento suficiente para avaliar qual dos candidatos é o melhor. Mas, como disse Churchill, já foram feitas várias experiências com outras formas de escolha dos governantes, mas nenhuma deu melhores resultados do que a eleição democrática.
Sendo assim, é preciso ser tolerante com a atual governante brasileira e, ao invés de recriminá-la pela incoerência, aplaudi-la pela realização dessas importantes privatizações. Sem elas, o Brasil não estará apto a receber o volume de passageiros que irão passar pelo país nos próximos anos: principalmente durante eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Tomara que essa decisão da presidente sirva para que ela, o PT e o povo brasileiro amadureçam e seja vencido o atual preconceito contra as privatizações. A verdade é que elas são benéficas, contanto que sejam bem feitas.

domingo, 9 de dezembro de 2012

24 - O perigo das ideologias

O consumismo é uma ideologia e serve aos interesses de quem
a inventa e propaga, assim como o comunismo e muitos outros ismos


A ideologia poderia até ser uma boa coisa: um conjunto organizado de idéias. Idéias são coisa boa; se forem várias idéias melhor e, se organizadas, melhor ainda. No entanto aquilo que se tem chamado de ideologia não proporcionou muitas alegrias ao mundo.
O defeito mais comum das idéias é elas não terem vínculo com a realidade. E são idéias assim, defeituosas, que geralmente constituem uma ideologia. Palavra fortemente aparentada com outros perigosos vocábulos, tais como utopia e mitologia.
É preciso tomar cuidado com as ideologias. Belamente encadernadas, elas servem para conduzir pessoas num projeto desvinculado da realidade.
Precisamos acreditar, mas temos de tomar cuidado para acreditar naquilo que tem base na realidade e na verdade. E nunca poderemos ter absoluta certeza das nossas verdades. Precisamos manter dúvidas com relação às nossas convicções e nos manter dispostos a manter diálogo com quem pensa diferente.
Deveria ser fácil perceber que certas crenças não se fundamentam e evitá-las. Só não é assim porque as pessoas acreditam mais facilmente no que querem acreditar do que naquilo que a realidade confirma como coisa real.
Quando a realidade nos mostra que estamos errados, não devemos procurar distorcer os fatos para tentar acomodar nossa crença errônea à realidade. Devemos agradecer a oportunidade que a realidade nos dá de questionar nossas crenças. Quando descobrimos que estamos errados, devemos aproveitar a ocasião para examinar criticamente outras crenças nossas que também podem estar erradas.
As pessoas mais sábias não se prendem a uma ideologia. Seria o mesmo que renunciar ao direito de pensar.