quinta-feira, 7 de junho de 2012

3 - Bom governo é fundamental para o desenvolvimento

Hilário Junges foi o principal condutor do milagre econômico ocorrido no município de Tupandi
Bom governo é possível. 
São conhecidos vários casos de progresso extraordinário em países como o Japão, a Coréia do Sul e a China. Mas é mais interessante ainda, conhecer o caso ocorrido no município de Tupandi. 
Situado no Vale do Caí, RS, este município tem pouco mais de 4.000 habitantes e, até a sua emancipação, ocorrida em 1988, foi extremamente pobre. Lá só havia agricultura de subsistência e os jovens trabalhavam em fábricas de calçados situadas nos municípios próximos.
A renda per capita era baixíssima, a infraestrutura era tenebrosa (somente estradas de terra, difíceis de passar nos invernos chuvosos, telefone só a menivela e em pouquissimas casas) educação e saúde em condições caóticas. Havia uma escola de ensino fundamental mantida por religiosas, em estado falimentar. Quando o município foi constituído, em 1989, a escola fechou, deixando a sede do novo município sem escola alguma. A nova administração municipal teve de agir muito rápido para providenciar estudo para as crianças do município.
A renda per capita de Tupandi, em 1989 era de apenas 750 dólares. Atualmente, passa de 30 mil e não para de crescer. O município, que nasceu miserável, em pouco mais de 20 anos tornou-se riquíssimo e já alcança nível de desenvolvimento próximo ao dos principais países europeus. Deverá superá-los em poucos anos.
Em Tupandi não se descobriu petróleo, não foi construída uma grande hidroelétrica, não foi implantado um polo petroquímico e nem um parque eólico. O que aconteceu ali foi um plano estratégico de desenvolvimento conduzido pela prefeitura municipal.
O principal fator de desenvolvimento econômico do município foi a implantação de centenas de aviários, com forte incentivo do governo municipal. A indústria e o comércio também foram incentivados de forma eficiente e, hoje, o município é um exemplo para o mundo.
Uma prova de que um governo sério e competente é capaz de promover o desenvolvimento.
Infelizmente, casos como o de Tupandi são raros.
Segundo o prefeito Hilário Junges, principal líder desse extraordinário caso de sucesso, os principais segredos do sucesso nas suas administrações foram a contenção de gastos, para que sobrem recursos para investimento, e a priorização do investimento em geração de riqueza. Segundo ele, é preciso primeiro plantar para depois colher. Inicialmente, a prefeitura investiu em incentivar a produção. Depois disso, tanto as famílias aumentaram a sua renda quanto a prefeitura passou a ter maior retorno de impostos e, com isso, condições para investir em educação, saúde e outros benefícios para a população.
Este exemplo mostra que o progresso de um país, assim como o de um município, depende muito do seu governo.
Por isso, é muito importante que os cidadãos se empenhem em eleger bons governantes. 

2 - Democracia e Demagogia


O povo precisa aprender a votar em democratas, não em demagogos

Na medida em que os homens foram adquirindo inteligência, aprenderam que agindo conjuntamente, de modo organizado, conseguiam garantir melhor a sua sobrevivência e melhorar as suas codições de vida.
Para coordenar os esforços conjuntos, os grupos humanos apelaram inicialmente para um líder: o cacique da tribo, ao qual os demais deviam obediência. Haviam caciques melhores ou piores e as tribos sobreviveram e prosperaram de acordo com a maior qualidade, ou menor deficiência, de seus líderes.
O cacique tinha seus privilégios. Habitavam as melhores tendas, comia os melhores cortes de carne e recebia favores das mulheres mais belas e fogosas. Tudo isso proporcionado pelo conjunto dos seus aduladores (aquilo que mais tarde se chamaria de  corte), interessados em estar de bem com o cacique e desfrutar dos seus favores. Em busca de algum privilégio, caçadores lhe entregavam as melhores carnes, pais lhe entregavam as filhas mais cobiçadas.
Apesar dos seus defeitos, o sistema funcionava. Tribos que eram assim governadas prosperavam mais que outras, sem governo algum. 
Algumas prosperaram tanto que passaram a um outro estágio de governança: a monarquia.
Para evitar a luta constante pelo posto de cacique, foi inventado a prática de o líder transferir o governo para o seu herdeiro. 
Houve reis que foram sábios e outros que foram déspotas cruéis. Alguns contribuíram para a prosperidade dos seus paises e outros os levaram à ruína.
Nesta fase inicial da organização pólítica da humanidade, imperou a desigualdade. Os reis e, num segundo nível, a sua corte, tinham vida privilegiada, muito diferente das condições proporcionadas ao povo.
Abusos cometidos pelos reis e suas cortes levaram à indiganação do povo e, daí, surgiu um novo conceito de governo: a democracia.
Neste sistema, os governantes são escolhidos pelo povo e, para manter-se no poder, precisam dar satisfação a quem os escolhe.
Foi uma evolução. Mas nem tudo passou a funcionar como devia. Os governantes continaram recebendo privilégos. As melhores carnes e as melhores mulheres continuaram ao seu dispor e, em torno deles, continuou a existir uma corte de assessores e serviçais que lhes garantem esses privilégios em troca de benesses concedidas pelo chefe supremo.
Mas o presidente da república não consegue proporcionar ao povo os mesmos benefícios que lhe são proporcionados. Como seria desejável numa democracia.  E também não consegue ofererecer a todo povo as dádivas que concede aos seus serviçais mais próximos. O que soa como uma incoerência, ou uma injustiça, levando-se em conta os princípios da democracia.
Não querendo abrir mão dos seus privilégios - e não podendo deixar de beneficiar os serviçais mais próximos, que lhe são mais necessários e lhe dão respaldo no governo - o governante democrático usa de um recurso para aquietar o povo que fica alijado do banquete dos poderosos.
Para conseguir manter-se no poder, os governantes apelam para um recurso chamado demagogia.
Numa definição bem clara, que encontramos na Wikipédia, a “demagogia é a estratégia de obter poder político apelando aos preconceitos, emoções, medos, vaidades e expectativas do público, tipicamente por meio de retórica e propaganda passionais, e frequentemente usando temas populistas”.
Dilma Rousseff, governante que é tida como pessoa séria, apelou para a demagogia quando, às vésperas da eleição, acusou seus oponentes de serem favoráveis à privatização. Ela o fez porque sabia que, na mente da maioria dos eleitores, a privatização é vista como algo negativo. Depois de eleita, ela mesma tem de apelar para as privatizações como único meio de construir aeroportos, e outras obras necessárias, antes da Copa e das Olimpíadas.
Dilma estará sendo incoerente, agora, se usar a privatização para realizar as obras que o país necessita. Mas é melhor que o seja, pois de outro modo não será possível tocar o progresso do país. Não se pode mais esperar que o governo assuma a condução de empresas e a realização de obras. Ele não tem competência para isso.
Para conseguir se eleger, o governante “democrático” é compelido a enganar a dizer ao povo aquilo que ele deseja ouvir, mesmo que não seja a verdade.
Por isso, para que o país melhore é necessário que o povo também evolua.
Povo bom é o que, ao invés de votar em quem fala para satisfazer suas emoções, medos e vaidades, não se deixa enganar e dá o seu voto para políticos sérios e competentes. O povo precisa se qualificar para escolher melhor seus governantes.

1 - Para termos melhor governo, precisamos ser melhor povo


Ayn Rand, filósofa, judia, nasceu na Rússia e fugiu para os Estados Unidos depois que o comunismo chegou ao poder no seu país.


“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; 
quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; 
quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; 
quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.


Ayn Rand, judia, fugitiva do comunismo na Rússia, que chegou aos Estados Unidos em 1926 e tornou-se notável escritora e dramaturga, além de filósofa.


A doença diagnosticada por Ayn Rand é característica dos regimes comunistas, como o russo. Mas não é uma exclusividade deles. O problema é comum a todas as ditaduras e a todos os governos que praticam o estatismo, ou seja, a participação muito ampla do governo nas atividades econômicas do país. 
Governos autoritários criam empresas públicas e grandes agências reguladoras para interferir em tudo, com o objetivo de criar vagas e acomodar os seus cupinchas.
O Brasil sofre terrivelmente desse mal e essa é, na verdade, a principal razão do país permanecer estagnado no atraso. Apesar da propaganda em contrário.
O governo não tem como meta prioritária desenvolver o país. Seu principal objetivo é expandir o governo e o seu controle sobre a nação. Tanto que o Brasil não cresce, mas o governo sim.
Para se ter uma idéia do atraso brasileiro, basta ver que o país é o segundo no mundo em mortes por acidente com moto. Fenômeno cuja gravidade é perfeitamente notada, inclusive na nossa região, pelas constantes notícias de mortes em acidente desse tipo. Que providências o governo toma para corrigir esse problema?


O que Ayn Rand tem a ver com isso?


O atraso brasileiro tem tudo a ver com a ineficiência do governo, que cobra impostos elevadíssimos para sustentar um estado paquidérmico, corroído pela corrupção, desperdício e ineficiência.
O sucesso que algumas prefeituras da região tiveram em promover o desenvolvimento do município demonstra que governo pode ser bom e, quando o é, torna-se a principal alavanca do progresso no território que administra.
Como não será fácil para nós mudar o governo brasileiro, podemos começar contribuindo para a melhoria dos governos municipais. Nas próximas eleições, devemos votar naqueles que querem e podem melhorar o município e não naqueles que prometem emprego ou outras vantagens descabidas para os seus apoiadores. Para que o município e o país melhorem, o povo também tem de fazer a sua parte.